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orlovna
6 days ago
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orlovna
6 days ago

Durante um intervalo específico da minha trajetória — três ou quatro anos de erosão sutil — experimentei uma forma silenciosa de desconfiguração subjetiva. Não por ausência de amor-próprio, mas talvez por uma crença quase ingênua de que a entrega genuína seria, por si só, suficiente para transformar o outro. Essa expectativa — alimentada por vínculos emocionalmente negligentes — expôs-me à mais corrosiva das experiências: a de ser instrumentalizada afetivamente por presenças que jamais se interessaram pela minha inteireza. Não se tratava de conflito ou confronto direto, mas de um tipo de apagamento cotidiano, onde a indiferença se travestia de convivência e o vínculo era apenas um espelho opaco.

O mais inquietante, contudo, não foi o abandono em si, mas o deslocamento interno que ele provocou: a dúvida sobre a solidez do meu próprio caráter, a suspeita de que talvez os meus princípios — outrora tão firmes — estivessem obsoletos diante de uma realidade afetiva cada vez mais líquida e utilitária. Como escreveu Beauvoir, “ninguém é inocente, pois todos somos responsáveis uns pelos outros”; mas o que fazer quando essa responsabilidade se transforma em autoaniquilação?

A dor, nesse contexto, não foi apenas emocional — foi epistêmica. Foi preciso revisitar a ética da minha entrega, reexaminar os critérios do meu afeto, reconstituir a narrativa da minha subjetividade. Esse processo, embora árduo, não foi em vão. Ele gerou um tipo raro de lucidez: a de compreender que o amor, para ser legítimo, precisa reconhecer a alteridade sem colonizá-la. E que o afeto sem escuta é uma forma de violência simbólica.

Hoje, essa experiência permanece em mim não como trauma, mas como estrutura crítica. Carrego comigo não a mágoa, mas a sofisticação do olhar que aprendeu a distinguir reciprocidade de projeção, presença de performance, cuidado de controle. E se algo permaneceu inabalável, foi a consciência de que o meu gesto amoroso não será jamais desperdiçado em ausências disfarçadas de vínculo. Porque, como diria Clarice, “o que me dói é saber que sou real num mundo onde o real escapa”.


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orlovna
1 month ago

Como posso ser senão o que me desfaço?

Se, ao abrir os olhos, vejo a memória de algo

que já não me habita, mas que ainda ecoa

em formas imprecisas de um ser que foi.

Amanhã, quem sou eu, senão uma sombra,

uma peça que, ao se mover, deixa de ser

o que estava antes, na quietude da casa antiga?

E tu, que mal sabias daquilo que encontras em mim,

teus olhos a tocar meu tempo e distorcê-lo

sem que eu pudesse impedir.

É estranho, não é?

Esse modo como a carne se desfaz

e se refaz na palavra não dita,

como um toque que nunca tocou.

O amor se disfarça,

não se revela de imediato,

mas se implanta, invisível,

como a raiz que cresce nas fendas da rocha.

E, sem perceber,

torna-se o que já não sabia existir

em minha própria solidão.

Sou mais, sou menos,

sou um pedaço de algo que nunca foi meu,

mas que, em algum lugar, me pertence.

Como pode ser?

Como pode ser,

se, ao me olhar, já não me vejo?

orlovna
2 months ago

Ser e carregar

A mulher que constrói para si um caminho de escolhas, que se lança ao mundo com fome de compreensão, que carrega nos ombros o peso da intelectualidade, da ambição, do amor incondicional e da culpa ancestral, esta mulher se assemelha às figuras trágicas da literatura existencialista—personagens que, diante do absurdo da existência, tentam conciliar liberdade e destino, razão e afeto, vontade e dever.

Dostoiévski nos ensinou que a consciência é um fardo. Saber-se dona do próprio destino não significa estar livre, mas sim carregada de uma responsabilidade que, por vezes, esmaga. A mulher que é mãe e filha ao mesmo tempo, que ama e que governa, que cuida e que se expande, se vê diante do dilema de Raskólnikov: se tudo é permitido, se posso ser tudo o que quiser—então por que a angústia? Por que a sensação de dívida para com um passado que não escolhi, para com a mãe que me precede e a criança que, talvez, me suceda?

O peso da existência feminina não está apenas na luta contra as estruturas sociais, mas na batalha interna entre a autodeterminação e a necessidade de ser necessária. No “Subsolo”, Dostoiévski nos apresenta um homem que, ao perceber sua liberdade absoluta, se paralisa. E a mulher, ao perceber a sua, se consome. Pois não basta ser livre; há que se merecer essa liberdade, e isso exige um pagamento que nem sempre sabemos calcular.

Talvez a pergunta não seja “como se vive eu, esta mulher?”, mas “como se pode viver sem que essa mulher se desfaça?”. Como se recebe amor sem sentir que há um preço? Como se relaxa nos braços de outro sem o medo de dissolver-se? O existencialismo não nos dá respostas, apenas nos diz que essas perguntas são inevitáveis. E que talvez a força esteja justamente em habitá-las, sem pressa de resolvê-las.

orlovna
2 months ago

O que resta?

O que resta para as mulheres.

Mulheres que, ao longo da vida, foram moldadas pela necessidade de se superar, de nunca parar, de jamais se permitir o luxo de uma pausa. Como se, ao atender às exigências do mundo, sua própria essência fosse constantemente adiada, fragmentada, redefinida a cada nova expectativa imposta. Mulheres que vivem em um equilíbrio delicado entre ser o que o mundo precisa e manter um pedaço de si mesma intacto, mas que muitas vezes se perdem nesse espaço intermediário.

Essas mulheres são líderes, são acadêmicas, são donas de seus próprios caminhos. Elas são a força que move as engrenagens do cotidiano, sempre em movimento, sempre em busca do próximo passo. No entanto, em algum lugar do caminho, a reflexão surge: Até onde o peso que carrego é realmente meu?

Como manter a integridade diante da incessante pressão de se provar constantemente? Como lidar com a dissonância interna de ser sempre mais, sempre melhor, mas sem saber, de fato, quem se é quando as máscaras caem? E, ainda assim, o que significa, então, essa superação constante? Será ela uma construção necessária para a sobrevivência ou uma armadilha que nos impede de reconhecer a própria fragilidade?

Em um mundo que exige de nós sempre o inusitado, o impossível, a mulher se vê, muitas vezes, refém de um ciclo de autossuperação. Ela se reinventa, se adapta, segue adiante, não por escolha, mas por necessidade. A verdade que ressurge, então, é a seguinte: para sobreviver, ela nunca parou, nunca se permitiu olhar para trás. E talvez, no fundo, ela nunca vá. Porque, ao olhar para trás, estaria se confrontando com a vulnerabilidade, com a fragilidade de uma mulher que, por tanto tempo, foi moldada pela obrigação de ser forte, imbatível, inquebrável.

Como, então, se reconcilia com o fato de que a superação constante talvez nunca termine? Talvez, a reflexão final não seja sobre encontrar uma solução para esse ciclo, mas sobre compreender que o peso da mulher que nunca parou nunca será totalmente aliviado. A jornada não está em buscar um ponto final, mas em reconhecer que a resistência constante pode ser também uma forma de resistência à própria fragilidade. Talvez o único caminho seja, paradoxalmente, aceitar que nunca se dará permissão para olhar para trás, pois isso implicaria reconhecer que, em algum ponto, o fardo foi mais do que uma escolha, foi uma necessidade que se perpetuou.

A mulher que segue, que nunca se permite cessar, talvez precise entender que o peso de sua jornada é indissociável do que ela é. E talvez, apenas talvez, a resposta resida na aceitação dessa complexa relação com a superação: não como algo que deve ser abandonado, mas como uma história que se constrói, uma história que não pode ser apagada, porque é ela que a mantém viva.

orlovna
2 months ago

Viver a arte é, antes de tudo, mergulhar no fluxo constante de emoções que ela nos proporciona, é perceber que o mundo ao nosso redor é uma tela em branco, pronta para ser preenchida com cores, formas e sentidos. A arte, para mim, não é algo que se limita ao que está exposto em uma galeria ou ao que vemos em uma apresentação. Ela está na conversa entre olhares, nos detalhes invisíveis da rotina, nos pequenos gestos que, muitas vezes, passam despercebidos. Viver a arte é, essencialmente, estar atento ao que nos cerca e perceber que somos parte desse movimento criativo que nunca para, que está em tudo.

Quando me conecto com a arte, seja por meio de uma pintura, de uma canção, ou até mesmo das roupas que crio, sinto que estou não apenas expressando o que há dentro de mim, mas também me permitindo ser tocada por aquilo que a arte desperta nos outros. É um processo de troca constante. Cada obra, cada melodia, cada expressão artística, me transforma de uma maneira única. Não há limites para a arte; ela transcende o espaço e o tempo, atravessa a dor, a alegria, a inquietação. A arte é essa ponte invisível que nos conecta, que nos torna mais humanos, mais sensíveis.

Viver a arte também é se permitir a liberdade de ser vulnerável. Criar algo é, muitas vezes, expor uma parte íntima de nós mesmos, e isso exige coragem. A arte não está apenas no que vemos, mas naquilo que sentimos, no que provocamos em quem a experiencia. E, nesse processo de criação e de interação com o outro, há uma troca que é, para mim, tão essencial quanto o próprio ato de viver.

A arte não se define por uma forma ou um estilo, mas pela forma como ela nos move, nos altera. Ela nos ensina que a beleza está nas imperfeições, na autenticidade do que somos. E, assim, ao viver a arte, sou guiada por essa busca constante de descobrir novos significados, novos sentimentos, novas formas de expressão. A arte é a pulsação do mundo, e eu, ao me entregar a ela, sou parte desse movimento, vivendo de forma plena, verdadeira e intensa.

orlovna
2 months ago

8 de Março | Linhagem de força

Minha avó, com mãos de sabedoria,

tecia o mundo em silêncio, mas com poder,

cada ponto, um grito de resistência,

cada linha, um fio de querer.

Minha mãe, com sua força discreta,

não costura, mas cria e transforma,

fez da vida a arte mais completa,

onde o impossível sempre se conforma.

A Slava nasce dessas mãos femininas,

que não só criam, mas reconstroem o ser,

onde cada peça é alma que se alinha,

e cada mulher aprende a crescer.

Hoje, celebramos a força que não se cala,

que, no fio da vida, costura sua história,

mulheres que, com coragem, se embalam,

e criam seu caminho, sem se esconder da memória.


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orlovna
4 months ago

“Nos Interstícios do Pertencer: Entre a Busca e o Florescer”

Assim como os seres vivos dependem de um ambiente adequado para seu desenvolvimento e sobrevivência, nós também, em nossa jornada, buscamos, a cada etapa, encontrar nosso habitat ideal. Um espaço que nos abrace, nos permita crescer, evoluir, conectar. Mas, e quando esse espaço parece distante? Quando nos sentimos perdidos, deslocados, como se a nossa essência não coubesse onde estamos? Não é a dor do não pertencimento uma sombra silenciosa que nos persegue, que nos faz questionar: “Onde é o meu lugar? Por que não consigo encontrar o meu?”.

Essa frustração, muitas vezes profunda e esmagadora, nos leva a uma encruzilhada: insistimos em permanecer onde não somos vistos, onde a respiração parece faltar, onde a luz se esconde? Ou, finalmente, nos permitimos a busca pelo nosso verdadeiro espaço, aquele onde o ar é mais leve e o ser se expande?

O emocional, por vezes, nos mantém aprisionados a ambientes que não nos cabem, a lugares apertados, dolorosos, onde não somos nutridos. Mesmo sabendo, no fundo, que esses lugares não são nossos, insistimos. Buscamos a aceitação que nos parece escapar, como um vento fugaz. Mas será que, ao insistir, não estamos, na verdade, nos afastando de nossa própria evolução? Será que o pertencimento que tanto almejamos não está, de fato, em aprender a nos encontrar, antes de buscar um lugar que nos abrace?

Talvez, a dor do não pertencimento seja, na realidade, uma oportunidade disfarçada. Uma chance de refletir sobre o que realmente precisamos para crescer, para florescer. Não seria, então, o desconforto uma porta que se abre para a liberdade de ser quem somos? O crescimento começa muitas vezes quando nos vemos desafiados a sair dos espaços apertados, a questionar o que nos mantém estagnados.

O verdadeiro pertencimento não se encontra onde há sufocamento, mas onde há liberdade para ser. Talvez o maior desafio seja olhar para dentro e perguntar: “Onde estou me perdendo em busca do que já me pertence?” O lugar onde somos capazes de crescer não é o que outros definem, mas aquele que nós, com coragem, escolhemos abraçar.

E se o verdadeiro pertencimento não fosse uma busca fora de nós, mas uma construção interna, algo que se desvela à medida que nos permitimos florescer no espaço que é nosso por direito? Talvez, no fim das contas, o maior pertencimento seja o que encontramos quando nos libertamos das amarras que nos prendem ao que não nos cabe. É, talvez, no espaço vazio do desapego, que podemos finalmente ser, e sentir, que pertencemos.


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orlovna
4 months ago

Pensando e explorando o ''deixar ir''

Ao longo da minha existência, um tema que sempre permeou minhas reflexões é o ato de lidar com a morte. Confesso que jamais encontrei uma resposta concreta ou definitiva para enfrentar essa inevitável faceta da vida. A experiência pessoal que carrego tem sido, por vezes, interpretada pelos outros de maneira fria e distante, ainda que eu seja alguém que sente intensamente cada emoção. Talvez a fé, latente e oculta em mim, tenha sido o meu refúgio, o alívio necessário para aceitar que certas coisas simplesmente são como são, imutáveis e intrínsecas ao ciclo da vida.

A morte, o fim da jornada terrena, é um mistério que desafia os vivos. Nenhuma religião, por mais consoladora que seja, parece oferecer explicações suficientemente eficazes para apaziguar o coração humano. Essa lacuna torna o luto um território nebuloso, onde convivem perguntas profundas e respostas insuficientes.

Ao observar o cotidiano, vemos pessoas que relutam em “deixar partir” aqueles que amam. O que as impede? O amor, em sua grandiosidade, parece ser também a raiz de uma resistência à aceitação do irreversível. Para quem cultiva a fé cristã e se declara seguidor dos desígnios divinos, não seria a espiritualidade suficiente para compreender e acolher o “tempo de Deus”? Ser cordeiro do Senhor não deveria significar, ao menos em teoria, estar preparado para a despedida?

As perguntas sobre o que ocorre após a morte permanecem entrelaçadas ao medo e à incerteza. Diversos fatores colaboram para tornar o processo do luto uma experiência árdua: o emocional, o histórico cotidiano, o financeiro e o psicológico são elementos que tecem o pano de fundo dessa vivência humana universal.

No campo cotidiano, o luto revela-se como a dor pela interrupção de histórias e planos construídos ao longo do tempo. Quando perdemos alguém, não nos despedimos apenas da pessoa, mas também das memórias que ainda seriam criadas, dos projetos sonhados e das experiências que nunca acontecerão. Esse vazio histórico é, muitas vezes, mais devastador do que a ausência imediata, pois carrega a frustração de um futuro que jamais será vivido. Essa dimensão histórica do luto é explorada por filósofos como Walter Benjamin, que discute a importância da memória na construção de narrativas pessoais e coletivas. A morte, nesse contexto, não apenas encerra uma vida, mas também interrompe a continuidade dessas narrativas, deixando lacunas que podem ser difíceis de preencher. O luto histórico, assim, é um reflexo do desejo humano de preservar e prolongar os laços que moldam nossa identidade.

No âmbito financeiro, o luto traz desafios que muitas vezes são negligenciados em discussões emocionais. A perda de um ente querido pode significar, para muitas famílias, uma ruptura significativa na estabilidade econômica. Isso é particularmente evidente em lares onde o falecido era o principal provedor ou desempenhava um papel essencial no sustento material.

Estudos de economistas sociais indicam que o luto pode desencadear crises financeiras duradouras, especialmente entre populações de baixa renda. Os custos associados aos rituais funerários, somados à perda de renda, podem intensificar o sofrimento emocional. Essa sobrecarga transforma o luto em uma experiência ainda mais complexa, onde a dor da ausência se mistura à luta pela sobrevivência.

Esse impacto financeiro, longe de diminuir o amor ou a importância da perda, reflete a interdependência das relações humanas. Como argumenta Pierre Bourdieu em seus estudos sobre capital social e econômico, a vida em sociedade é sustentada por redes de apoio mútuo, e a ruptura de qualquer elo pode gerar consequências estruturais para os que permanecem.

No campo psicológico, o luto é uma experiência multifacetada que varia profundamente entre os indivíduos. De acordo com Elisabeth Kübler-Ross, as cinco fases do luto (negação, raiva, barganha, depressão e aceitação) não são lineares e podem se manifestar de maneiras únicas em cada pessoa.

A psicologia contemporânea, entretanto, reconhece que essas fases não são universais. Estudos mais recentes, como os conduzidos por George Bonanno, destacam o papel da resiliência no enfrentamento da perda. Bonanno argumenta que muitas pessoas conseguem se adaptar ao luto de forma saudável, embora essa adaptação não signifique ausência de dor, mas a capacidade de integrá-la como parte da vida.

No entanto, é importante reconhecer que o luto pode desencadear processos psicológicos complexos, incluindo ansiedade, depressão e transtorno de estresse pós-traumático (TEPT). Essas condições são agravadas pela falta de apoio social ou pela pressão cultural para “superar” a perda rapidamente. Como resultado, muitos enlutados enfrentam um isolamento emocional que dificulta a cicatrização.

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Ao refletir sobre o luto, surgem ainda mais interrogações: será que a verdadeira aceitação da morte é possível? Como podemos aceitar algo tão definitivo, tão incontrolável, que desafia tudo o que compreendemos como finito e previsível? O luto, em sua magnitude, exige de nós um nível de desprendimento que nem sempre conseguimos alcançar, especialmente quando estamos imersos em nossas próprias expectativas e medos. Afinal, a morte, embora universal, nunca deixa de ser profundamente pessoal.

Quando nos deparamos com o luto, será que nossa dor é maior do que nossa capacidade de compreensão? E será que o amor que nutrimos por aqueles que partem pode ser suficiente para nos ajudar a transitar por essa experiência, ou somos, de fato, impotentes diante do imensurável vazio que a perda deixa? Ao nos questionarmos sobre o que realmente significa deixar ir, nos confrontamos com uma das mais profundas ambiguidades da condição humana. O luto não é só uma reação à morte; ele é também um reflexo da nossa tentativa de dar significado à vida que seguimos vivendo. Assim, a verdadeira aceitação da morte talvez resida não na compreensão plena, mas na convivência com o mistério, na busca de um equilíbrio entre a dor e a memória, entre o ir e o permanecer.


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